terça-feira, 20 de março de 2012

FUGAZ

Salmo 90: 5,6 "Tu os levas como por uma torrente; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce; de manhã cresce e floresce; à tarde corta-se e seca."

A vida é finita e breve. Isso a torna rara e especial. Cada segundo é precioso demais. Viver para o que realmente vale a pena: eis o grande desafio. Só há uma resposta: DEUS!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Glória de Deus e a Felicidade Humana

Esboço de sermão pregado na Rocha Eterna em Vila Carrão - São Paulo/SP

A Glória de Deus e a Felicidade Humana


(Inspirado na obra de John Piper)

RE Vila Carrão – 07/08/2011

Marcos 8:34-38

Qual o sentido da vida? Por que ou para quê eu existo?

Possíveis respostas:

1) Do homem sem Deus: Eu existo para ser feliz! A vida é essa busca pela tal felicidade (dinheiro, fama, prazer, etc)

2) Do religioso: Eu existo para ser feliz! Deus responderá as minhas expectativas de felicidade.

3) Do cristão: Eu existo para a glória de Deus. A vida consiste na busca da glorificação de Deus em todas as esferas da vida: nas relações afetivas, no lar, no casamento, no ministério, nas relações comerciais, no trabalho, nos estudos, etc.

- Deus nos criou para a sua glória. Ele tem zelo pela sua glória. Salmo 19:1

- “Quem perde a vida, vai encontrá-la” – Quem busca a própria felicidade sem Deus, não crê que Ele possa produzi-la.

- O real sentido da vida é dado por Deus. Salmo 37:4; Salmo 16:11



Enquanto glorifico a Deus, Ele me torna a pessoa mais feliz do mundo, ainda que as circunstâncias sejam adversas.

Deus é mais glorificado, quando me satisfaço nEle. Devo ter muito prazer e alegria em buscar Sua glória.

Exemplos: Hebreus 10:32 em diante (“...com alegria aceitastes o espólio de vossos bens.”

11:24-25 (Moisés trocou o palácio pelo sofrimento. Por quê?)

Exemplo de Policarpo, mártir cristão do II século

- Hebreus 12: a partir do verso 1º. (“...pela alegria que lhe estava proposta, suportou...”)

Jesus é o nosso modelo de como glorificar a Deus (Filipenses 2:5-9)

- Renúncia, Obediência e Sacrifício (Romanos 12:2)

“PARA A GLÓRIA DE DEUS PAI.”

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ENGANADOS (ou o velho engano do Rock In Rio)

Que o Rock In Rio IV não apresenta nada de novo já é assunto consumado. Bandas antigas, de outras edições, verdadeiros vovôs do Rock, continuam tocando e fazendo suas apologias às drogas, à rebeldia, à promiscuidade e estimulando a liberação do lado sombrio dos jovens (embora não desejem tais coisas a seus netos). O que me causou estranheza (pra não dizer decepção e profunda tristeza) foi descobrir ”jovens cristãos”, encantados pelas ciladas da antiga serpente.


Fala sério: o que uma pessoa nascida de novo, possuidora de uma nova natureza, cheia do Espírito Santos pode absorver de proveitoso de um poço de trevas como esse?

Exemplo: um trechinho da música “Under The Brigde” do RHCP:



(Debaixo da ponte do centro da cidade)

É onde eu tirei um pouco de sangue

(Debaixo da ponte do centro da cidade)

Eu não pude aguentar

(Debaixo da ponte do centro da cidade)

Esqueci do meu amor

(Debaixo da ponte do centro da cidade)

Eu tirei a minha vida, é.



Ou uma outra música que tem por título “Californication” (precisa dizer mais?) E nossos jovens babando: “... queria estar lá”. Enganados, enganados, enganados.

Ainda acredito na radicalidade de um chamado. Quem conheceu Jesus não quer mais nada. É JC na veia e nada mais. Ser de Cristo é andar conscientemente na contramão da história, da cultura, dos valores, do pecado (por mais atraentes que possam ser). É buscar santidade, vida e pureza em meio a uma geração perversa e corrupta.

Na verdade quem se delicia com a podridão ainda tem natureza de abutre, sinto muito, ainda não foi transformado, ainda não foi regenerado, engana-se antes a si mesmo.

Fiquei triste e profundamente compadecido dessa geração, sem identidade, sem objetivos, confusa, vazia e deprimida. Infelizmente, enganados. O mundão buscar esse lixo é até compreensível, mas quem já provou do dom celestial... lamentável.

Chorei por essa geração hoje, mas as lágrimas não são minhas, são de Deus.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eu voltei ao passado...

Graças as maravilhas da Net, eu vivi uma experiência singela, porém extremamente significativa. Explico: encontrei a página da Igreja onde fui apresentado a Deus pelo Pastor Rachid Goes, com apenas alguns dias de vida, em agosto de 1967. Justamente naquela ocasião aquela Igreja estava sendo inaugurada, ou seja, ambos possuímos 42 anos de vida. Anos mais tarde meu pai (Pastor Ulisses Vieira) foi o pastor daquela preciosa comunidade de irmãos e muitas recordações daquela época me vieram à mente. Lembrei-me do grupo de jovens, dos cultos ao ar livre nas imensas praças do bairro, da simplicidade e da alegria dos irmãos, sofridos mas ao mesmo tempo incansáveis na fé e no amor. Tudo era perfeito? Claro que não. Mas as virtudes em muito superavam as limitações. Perdi o contato com aqueles irmãos há muitos anos, mas fiquei muito feliz em ver que uma nova geração continua firme e constante, trabalhando para o Reino de Deus. Que Deus continue abençoando a amada Igreja O Brasil para Cristo no Jardim Imperador, zona leste de São Paulo. Seu pequeno tamanho físico não condiz com a grande obra que já realizou. Só a eternidade mostrará seus frutos e os recompensará.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O HAVER

Esse é um dos textos que mais aprecio. Vale a pena.

O Haver
(Vinicius de Moraes)

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternuraEssa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo e de sua força inútil.
Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
15/04/1962